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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Adictos das redes sociais

                               




SAÚDE TOTAL

CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA


                                   ADICTOS DAS REDES SOCIAIS

Sistema límbico é um apelido que damos para o aglomerado de funções emocionais que habitam em nosso cérebro, gerenciando muitos de nossos sentimentos.

A bem da verdade tudo o que fazemos tem uma estada pelo sistema emocional, para depois subirem para o degrau racional. Por isso sentimos, depois racionalizamos.

Quanto as telas, vê-las continuamente provoca um comportamento de falta, ou seja, vicia, por causa da dopamina que é acionada. A dopamina vê o que é prazeroso e te indica o caminho, engajando sua atenção. E não existe um terreno mais fértil para tal que as redes sociais, onde é tudo rápido, trazendo para nós um prazer imediato. E ninguém está imune a cair nesta cilada.

Todavia, o cérebro adolescente, que considera tudo muito morno, não quer esforço. Neste sentido, tornam-se mais vulneráveis, portanto, mais fáceis de se tornarem viciados. E por que isso acontece?

Porque nas redes sociais o que eles veem são vídeos e postagens rápidas que, no instante da visualização, não os permitem adentrarem no tédio. Mas o que não conseguem prever é que vendo coisas muito rápidas o cérebro se dessensibiliza, além de reduzir a ativação do córtex-pré-frontal, causando assim, uma inibição do autocontrole.

Nesses ambientes passamos, tanto adultos quanto adolescentes, a julgar e se comparar continuamente. Fora um mundo de informação que nos bombardei e, mesmo que achamos que conseguimos, não damos conta de tantas dicas. Neste contexto, acreditamos que outros conseguem o que nos confere um looping de ansiedade e depressão e, além disso, escolhemos a solidão por não alcançarmos o que está sendo proposto.

E por falar em solidão, o vício com as redes está fazendo com que sintamos dificuldade de empatizar, porque as relações estão sempre sendo mediadas pela tecnologia. Sem empatia não existe relações interpessoais saudáveis, tão importantes para nossa sobrevivência.

(Na próxima conversa continuaremos o assunto)

Um grande abraço para você!


Instagram: eduardo_baunilha_psicanalista

Youtube: @conversaspsicanalíticas

terça-feira, 23 de setembro de 2025

O desaparecimento da intimidade

                         




SAÚDE TOTAL

CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA


                     O DESAPARECIMENTO DA INTIMIDADE

Quando a gente pensa em um muro de uma casa, metaforicamente nos vem à mente uma proteção, não somente contra males sociais que podem nos assaltar, mas um divisor da intimidade, a expressão de um limite entre o privado e o público.

Obviamente que tal conceito mudou muito com o advento da internet e, principalmente com o boom das redes sociais. O que um dia era intimidade para muitos, hoje tornou-se extimidade.

Algumas pessoas não possuem mais limites no que concerne o desejo intenso por ser visto, com a intenção, óbvia, de ganhar alguns muitos likes.

Para se ter ideia, em 2018, existiam nas redes, mais de 500 mil postagens de after sex, ou seja, fotos de pessoas que compartilhavam com o mundo como estavam após a relação sexual. Este dado parece assustador, mas veja, já tem 7 anos que foi apurado.

Diante do exposto, o que nos parece é que aquele momento íntimo, especial, cheio de regozijo, na era das redes sociais, precisa ser compartilhado para uma multidão, não apenas para aqueles que são íntimos, como parentes e amigos mais chegados. Parece uma corrida que ninguém chega primeiro porque não tem fim, e o pior de tudo, tira da existência o que de mais belo que existe: a liberdade.

Isso acontece porque se você não estiver sempre postando, compartilhando, comentando, likeando, parece que não entendeu a tônica da sociedade atual, portanto, um ser indiferente às demandas sociais, digno de ser criticado e, por alguns até cancelado, por causa da intolerância que encerra este tempo sempre volátil. 

A questão não é postar ou não postar. A questão é saber fazer, estar em sintonia com a modernidade, sem ser escravo dela. É entender que a vontade não precisa ser soberana e, portanto, não precisa legitimar todas as minhas ações, para que assim, eu possa viver tranquilo, seguindo a vida, dentro dos limites que exponho, sem fazer da minha intimidade um mural, tornando-a desaparecida.

Um grande abraço para você!


Instagram: eduardo_baunilha_psicanalista

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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Inteligência artificial

                             




SAÚDE TOTAL

CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA


     INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: ENTRE A MÁQUINA E A ARTE

É interessante como a inteligência artificial tem muitos anos que está entre nós, mas agora ganhou um vulto bem significativo. Talvez um formato mais democrático, pois tomou uma frente e um espaço bem relevante em pesquisas pelo mundo inteiro.

Evidentemente que emerge uma pergunta diante de algo que tem sido muito proclamado: qual o limite de uso desta ferramenta para que a criatividade não possa perder espaço na condição humana?

Temos que lembrar que a palavra limite dá o tom que buscamos quando encontramos mecanismos que facilitam a realização de muitas tarefas, diante de um mundo frenético e apressado.

Também não podemos esquecer que a máquina jamais conseguirá fazer o que o homem faz por não ter consciência do que faz. Foi criada para seguir um esquema já programado, portanto, semelhança com o cérebro humano não entra no bojo.

Todavia, pode nublar a busca por um pensar mais arguto, por facilitar, ao nos fazer ganhar tempo. E isso sim, pode ser problemático. Nossas funções cognitivas precisam de incentivo, desafios para serem desenvolvidas. Assim, precisamos encontrar uma terceira margem do rio nestes aguaceiros de oportunidades.

Precisamos nos lembrar que maquinizar algumas situações pode ser catastrófico. Tem pessoas que estão fazendo do IA um amigo ou mesmo um terapeuta. Se o algoritmo trabalha com aquilo que desejo, obviamente que viciarei nas respostas da IA por elas encontrarem guarita em mim, por me acolher e não desafiar ou provocar, como faria um amigo ou psicanalista ou terapeuta.

É preciso ponderar tudo, até a IA. Por meio do questionamento conhecemos outros e ferramentas e, nos autoconhecemos. É um caminho seguro. Portanto, relevante para ser trilhado.

Um grande abraço para você!  


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Adictos das redes sociais

                                SA Ú DE TOTAL CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA                                     ADICTO...